![]() ![]() Com o apelido de “a voz de veludo do Brasil”, que recebeu de Airton Rodrigues, apresentador do programa “Almoço com as Estrelas” (da extinta TV Tupi), Petrônio tornou-se uma espécie de rei dos bailes. Ele faleceu em 19 de janeiro de 2007, aos 83 anos, mas os “bailes da saudade” continuaram, e com muita vitalidade, até os dias de hoje. A estréia do filme "Chega de Saudade", segundo filme da diretora Laís Bodanzky, na 6ª feira, 21/03, reacende a memória dessa época de ouro, mostrando que esses bailes promovem umencontro de gerações, além de confirmar que, o que os mais velhos fazem há muito tempo, os jovens estão descobrindo agora: o sabor de dançar de rostinho colado. Segundo Laís, o impulso que a levou a fazer "Chega de Saudade" foi seu prazer pessoal pela dança e pela música. Freqüentando os salões de baile em São Paulo, descobriu algo além da dança: a história daqueles freqüentadores e como o ambiente tinha uma pulsação única de vida e de alegria. “São pessoas de universos distintos, mas que têm todas em comum avontade de sair de casa, de correr riscos, o risco da busca de felicidade e do prazer, ao mesmo tempo enfrentando os seus dramas pessoais e cotidianos. Elas fazem essa busca de uma maneira muito agradável. É um aprendizado de vida”, afirma Laís. Mas um detalhe encantou Laís mais do que os demais. A diretora percebeu, durante suas pesquisas para a realização do filme, que, além da música e da dança, a sensualidade regia aquele universo e, mesmo as mulheres mais gordinhas e os homens carecas, por exemplo, emanavam uma indiscutível elegância corporal. “Tudo isso entrava em contradição com a minha idéia do que era envelhecer; a idéia que a sociedade nos impõe de que, a partir de certa idade, não podemos mais nos apaixonar, amar e viver intensamente. Os salões de baile restituem às pessoas esse passaporte, a possibilidade do encontro, do dançar de corpo colado”, destaca. ![]() Quem freqüenta bailes há muito tempo com certeza já dançou muito no famoso Clube Piratininga, na alameda Barros, quase esquina com a avenida Angélica (região central de São Paulo). O clube lembra lembra muito aqueles salões de interior que, ao som de bolero, chachachá e samba de gafieira, embalam, em média, 800 pessoas, com idades que variam de 15 a 90 anos. O baile "Espanta Preguiça", da Sociedade Beneficente União Fraterna, na Rua Guaicurus (bairro da Lapa, em São Paulo), oferece uma pista de dança que, em plena segunda-feira, consegue atrair mais de 400 pessoas no tradicional baile "Espanta Preguiça". O clube serviu de cenário para o novo filme de Laís Bodanzky, no qual o enredo gira em torno dos habitués de um antigo salão. O filme, com Tonia Carrero, Fernando Villar, Betty Faria e Cássia Kiss, dá ao espectador a possibilidade de passar uma noite em um salão de baile e nos faz reviver aqueles momentos tão doces dos bailes de outrora. |
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ai que saudade tenho dos bailes de outrora..
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